Abertura dos Portões para Incorporação dos Novos Alunos
AORE-RJ Associação dos Oficiais da Reserva do Exército
CPOR/RJ - Abertura dos Portões na Vila Militar 19/fev/2024 - Novo Aquartelamento
Na manhã luminosa de verão carioca o CPOR/RJ se engalanou para a primeira atividade do ano, a inauguração de seu novo quartel na Vila Militar, vivendo momentos de elevado capital simbólico, com a incorporação de 195 novos alunos pela tradicional solenidade de entrada pelo Portão das Armas, ao aproximar-se o Centenário a ser comemorado em 2027.
Ao adentrar formalmente o novo aquartelamento pela primeira vez como Alunos, aqueles jovens protagonizaram um ato transcendental para a historia da Reserva Atenta e Forte, com o retorno da Casa de Correia Lima para o centro de gravidade do Exercito Brasileiro. Nos idos de 1927, quando o bravo Cap Correia Lima (1891-1930) idealizou e fundou o CPOR, do qual foi seu primeiro Comandante, nada mais adequado que faze-lo na Guarnição de São Cristóvão, eis que era a mais importante, localizada na Capital Federal, cujos quarteis pontilhavam o entorno do Palácio Imperial, hoje Museu Nacional na Quinta da Boa Vista. O grosso da tropa estava na Capital Federal, as fortalezas em torno da Baia da Guanabara, algumas unidades no Sul e no Mato Grosso, e menos ainda no Nordeste e Amazônia.
O CPOR nasceu no então 1º Regimento de Artilharia Pesada Curta (1º RAPC), depois 21º Grupo de Artilharia de Campanha (21º GAC), nas proximidades das Cavalariças Imperiais e dos Dragões da Independência, além da futura Escola de Veterinária, não muito distantes do Quartel-General no Campo da Aclamação. Nada mais natural que o nascente CPOR se instalasse no Bairro ainda com ares de Imperial em São Cristóvão, a principio no Quartel da Artilharia, onde servia Correia Lima, transferindo-se poucos anos depois para a belíssima edificação de linhas neoclássicas construído pelo Diretor de Engenharia Gen Rondon na Av Pedro II, atual Museu Militar Conde de Linhares, depois para o antigo 1º. RCG – Dragões da Independência, atual 1º. BG – Btl do Imperador, e finalmente para a Av Brasil, antigo 1º. RCC, o quartel dos Sherman, outrora a mais poderosa unidade blindada da América Latina. Eram os tempos da Missão Militar Francesa (1919-1939), em contraposição a Missão Indígena pós 1ª GM, da qual participou Correia Lima como Insrutor do Realengo (1919- 1923), onde se convenceu da importância de termos um CPOR, aquele bravo e sonhador, dedicado de corpo e alma para melhor instrumentalizar o Exército, buscando na sociedade talentos profissionais, ação esta que se mostraria tão acertada quando da constituição da FEB. Chefiava o EME (1922-1929) o Gen Tasso Fragoso, quando o Exercito evolui pela criação da Arma de Aviação em 1927, ao tempo em que surge o Movimento Tenentista de 1922. A tradicional, histórica e centenária Vila Militar apenas tinha sido instalada, e ainda se passaria algum tempo até que adquirisse a massa crítica dos tempos modernos, ensejando pois a natural e necessária mudança do aquartelamento do CPOR, hoje comemorada em alto estilo com a presença do Gen RICHARD, Chefe do DECEX, Gen VASCONCELLOS, Comandante Militar do Leste, ilustres Generais da Ativa e da Reserva e inúmeros Comandantes de OMs, aos quais se somaram os pais e familiares dos novos Alunos e os Veteranos da AORE-RJ. As aleias do quartel da EsSLog/CMVM foram pequenas para a multidão de pais, familiares e amigos dos novos Alunos, com justa alegria pelo sucesso alcançado no concorrido concurso, dentre milhares de jovens. Cumprindo o ritual conforme manda a tradição, o mais antigo Veterano ex-aluno presente o Ten R/2 INT Eliezer, da Turma de 1959 efetuou a abertura do Portão das Armas Em dezembro, os concluintes dos cursos serão declarados Aspirantes-a-Oficial da Reserva, seguindo os passos dos quase 500 Bravos Discípulos de Correia Lima, que da Universidade ao Front seguiram para a Itália durante a 2ª. Guerra Mundial, onde participaram como Tenentes da FEB - Força Expedicionária Brasileira, que ajudou a esmagar o nazi-fascismo.
Encerrando o evento, a tropa composta pelos novos Alunos e os Aspirantes do EAS desfilou em continência ao Chefe do DECEX. Ao deixar o aquartelamento, nesta data que marca o fim de um ciclo e o inicio de uma nova era na VM, levamos a certeza de que o CPOR continuará firme nos seus caminhos, formando a Reserva Atenta e Forte, do Exercito de Caxias, e deste pais pujante e soberano.
Brasil Acima de Tudo!
Israel Blajberg – Ten R/2 Art Veterano Tu Marechal Rondon, CPOR/RJ ART 1965
Você também pode se interessar por

No dia 10 de junho o Exército Brasileiro celebra o Dia da Arma de Artilharia, em homenagem ao nascimento do marechal Emílio Luiz Mallet, patrono da Arma. Figura histórica de grande importância, Mallet destacou-se por sua bravura, competência técnica e dedicação ao país, especialmente durante a Guerra do Paraguai. A Artilharia, tradicionalmente considerada a “arma da decisão”, ocupa papel fundamental na estrutura militar brasileira. Desde o período colonial até as operações modernas, ela evoluiu em doutrina, tecnologia e poder de fogo, garantindo apoio essencial às tropas nas mais diversas situações de combate.

O Dia da Arma de Infantaria é celebrado no Exército Brasileiro em homenagem ao dia da morte do Brigadeiro Antônio de Sampaio, abatido, nos campos de Tuiuti, no dia de seu aniversário. Patrono da Arma de Infantaria, o Brigadeiro Sampaio também se destacou por sua bravura nas batalhas da Campanha da Tríplice Aliança. Uma das Divisões comandadas pelo Patrono viria a ser conhecida como "Divisão Encouraçada", tal o vigor de verdadeira muralha contra os projéteis inimigos. A história da Rainha das Armas, como a Infantaria é conhecida, no contexto mundial, é quase tão antiga quanto a da própria guerra. Em situações de conflito, os exércitos da antiguidade empregavam o combate corpo a corpo e alguns armamentos, como espadas e bastões. A Infantaria tem como característica essencial a aptidão para combater a pé, em todos os tipos de terreno e sob quaisquer condições meteorológicas, podendo utilizar variados meios de transporte. Uma de suas missões é conquistar e manter o terreno, aproveitando a capacidade do infante de progredir em pequenas frações, difíceis de serem detectadas. Isso permite que ele se aproxime do inimigo para travar o combate corpo a corpo.

Dia 08 de Maio – Dia da Vitória O dia 8 de maio de 1945 marcou o momento em que o mundo celebrou a rendição incondicional das forças germânicas na Segunda Guerra Mundial, assinalando o fim de um dos conflitos mais sangrentos da humanidade. O Brasil foi o único país da América Latina que participou diretamente dos conflitos bélicos na Europa. Cerca de 25 mil soldados da FEB foram enviados à Itália para lutar junto ao Exército Americano. No contexto da guerra, a FEB participou decisivamente do rompimento das duas últimas linhas de defesa alemãs que barravam o acesso ao norte da Itália e ao sul da Alemanha, localidades que foram palco da conquista de inúmeras vitórias das pracinhas, que, além da coragem e bravura, deixaram suor e sangue.